O
ISOLAMENTO
TRIBUTÁRIO DE PARAUAPEBAS
SEMPRE
deixado para depois, agora é o momento de enfrentarmos a VALE. Agora que sua
ferrovia burramente corta nossa cidade e seus repasses caem mês a mês. Damos
muito mais que recebemos. Fica ruim quando sabemos que sua licença ambiental,
apesar de ter sido conseguida em Brasília, é condicional. Vamos buscar estes condicionantes
e recuperar a dignidade de Parauapebas.
Murilo
Ferreira declarou hoje que esta mais confiante sobre os preços do minério de
ferro. Gostaria de saber de onde tira tanta confiança. Os obstáculos para quem
quiser entende-lo são a desvalorização acentuada da moeda chinesa e o aumento sistemático
e com firme tendência de alta do dólar, que chegou na casa dos R$3,40. Não consigo
ver cenário bom para quem vive de exportações
como a VALE. TODA vez que ingressa recursos
no pais, tem menos real por dólar.
O
problema é a crise interna da China, que a obriga cada vez a exportar mais e
importar menos. Atribui este peso a sua moeda e a forte desvalorização imputada
frente ao dólar e a todas as moedas de seus parceiros comerciais, invertendo o
fluxo de capitais atual.
Localmente
sabemos das dificuldades da VALE. Impondo uma politica de arrocho sobre Parauapebas
e o estado do Pará, a VALE exporta o que
bem entende, totalmente livre de quaisquer controle de Estado.
Para
se ter uma ideia, até sua licença ambiental para construir uma ferrovia dentro
da planta urbana de Parauapebas, ela ignorou as regras da federação e a buscou com
condicionantes, no IBAMA de Brasília. Tal
seu desprezo pela localidade que lhe serve com bilhões em produção mineral.
Ouvi
de um candidato a prefeito:
-
“temos que controlar o que a VALE retira e exporta do nosso solo. Seus repasses
ao município são ridículos, frente sua capacidade de produção e exportação. O que a VALE produz mesmo em Parauapebas? Quantas toneladas
são retiradas daqui e os valores repassados são aquilo mesmo?”
Para
uma empresa do porte da VALE, apesar do repasse mensal, ela nos da muito pouco.
Com uma licença ambiental condicional, precisa dar mais. E vamos buscar este
mais, porque estamos parados no tempo, compreendemos ter e viver numa cidade completamente
insustentável. Quando a VALE parar, Parauapebas morre.
E
não queremos isto, nem nossa sociedade, nem a VALE. Temos recursos e riquezas. Vamos propor elementos
novos para a VALE nos ajudar a obter. Será uma relação de alto nível, mesmo
porque, representando o que representa a VALE tem seus parceiros e adversários.
A
licença é condicional e mesmo com o governo central sendo seu mais importante sócio,
ela deve explicações a sociedade.
A
VALE pode ser parceira ou adversaria. De 220 mil pessoas e suas necessidades,
agora largados a míngua. O mundo e os investidores jamais vão apreciar serem parceiros de quem não se importa com o ser humano e mente nas suas digressões
jornalísticas. Ninguém fala a verdade sobre a VALE no Brasil. Porque? Vamos explicar
aqui na próxima postagem.
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