domingo, 24 de julho de 2016

O gigante asiático



China produz mais aço do que todos os outros países juntos

EXCLUSIVA: É assim que entendemos estratégia e capacidade de produção...de minério de ferro. O Brasil precisa mudar essa visão atrasada de servir o mundo com materais sem agregação de valor. Assim a China – usando nossos recursos – vai se tornando realmente um gigante.

AFP 

 Funcionário de fábrica de aço em Hefei, na China
São Paulo - A China produziu em junho mais aço do que todos os outros países reunidos, de acordo com dados divulgados na quarta-feira pela Associação Mundial do Aço.




É o quarto mês seguido em que isso acontece. A produção chinesa em junho foi de 69,5 milhões de toneladas de aço puro, contra 66,5 milhões no resto do mundo.

E enquanto a produção chinesa continua subindo (1,7% sobre junho de 2015), a do mundo como um todo ficou estagnada no período.

Já o Brasil teve 8,5% de queda em junho em relação ao mesmo mês de 2015 e um tombo de 13% quando considerada toda a primeira metade do ano.

A Secretaria de Comércio Exterior informou, também nessa quarta-feira, que vai iniciar investigação sobre suposta existência de dumping em exportações de aço plano laminado a quente da China e Rússia para o Brasil.

A Associação Mundial do Aço publica dados de 66 países que juntos englobam mais de 85% da produção de aço do mundo.

O uso da capacidade instalada nesses países foi de 69,4% em junho de 2016, dois pontos percentuais abaixo de abril.

Apesar da alta na produção, a China também sofre com o excesso de capacidade. Sua economia está desacelerando e mudando de perfil para não depender tanto de indústria pesada e infraestrutura, que demandam muito esse tipo de material.

Vale lembrar de outra estatística impressionante: entre 2011 e 2013, a China usou mais cimento (6,6 gigatoneladas) do que os Estados Unidos em todo o século XX (4,5 gigatoneladas).

O número vem do livro "Making the Modern World: Materials and Dematerialization" (em tradução livre, "Fazendo o Mundo Moderno: Materiais e Desmaterialização), do historiador tcheco-americano Vaclav Smil, e foi destacado por Bill Gates em seu blog.


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