Vale vende
49% de sua participação na usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará
Direitos foram comprados pela Cemig ao custo de R$ 305 milhões. Vale
agora participa com 4,59%
Kelly
Amorim, do Portal PINIweb
1/Abril/2015
A Vale continua se desfazendo de ativos importantes para custeio ou pagamento
de dividendos aos acionistas. É uma pratica gerencial perigosa porque revela a
falta de confiança da mineradora na reestruturação do preço do minério de ferro.
Realmente parece impossível uma recuperação ao patamar de 2012-2013, mas não podemos
esquecer que é um momento de queda da maioria das commodities. Se desfazer de
ativos importantes neste afogadilho é lamentável, parece que não há interesse estratégico
ou de longo prazo na manutenção dessa importante mineradora dentro dos limites
e interesses do estado brasileiro. Neste caso a venda para a CEMIG ainda ficou
restrita a interesses brasileiros, mas o caso do repasse de Simandou, dos Valemax,
do carvão de Moçambique causam preocupação
por se tratar de um contingenciamento de interesses estratégicos. Mas a maior
preocupação são as noticias da possível venda de parte de Carajás para o Mitsui.
Deveria ser visto com mais atenção pelos demais acionistas e sócios da mineradora.
Carajás é um ativo nacional!
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A Vale S.A. concluiu nesta quarta-feira (1) a transação com a Cemig
Geração e Transmissão S.A. para venda de 49% de sua participação no projeto da
usina hidrelétrica de Belo Monte (UHE Belo Monte) na bacia do Rio Xingu em
Altamira, no Pará. A aquisição foi feita pelo pagamento em caixa de um valor de
aproximadamente R$ 305 milhões.
Após a obtenção das aprovações legais e o cumprimento das condições
precedentes à transação, a Vale transferiu a sua participação de 9% na Norte
Energia S.A., empresa responsável pela construção, operação e exploração da
UHE, para a sua subsidiária Aliança Norte Energia Participações S.A. Na
sequência, a Cemig adquiriu 49% das ações da Aliança Norte, correspondente a
uma participação indireta de 4,41% na Norte Energia S.A.
A participação indireta da Vale no capital da Norte Energia, agora
reduzida a 4,59%, garante à empresa o direito de utilizar 9% da energia
elétrica gerada pela usina, conforme contrato de longo prazo firmado em 2012.
Também fez parte do acordo com Cemig a constituição da Aliança Geração
de Energia S.A., operação concluída em fevereiro com o aumento do capital
social na Aliança Geração mediante o aporte de ativos de geração de energia da
Vale e Cemig.
A transação integra o plano de estratégia da Vale para a maximização de
valor para os acionistas, na medida em que proporciona diminuição do dispêndio
de capital em investimentos relacionados a ativos non-core e aumenta a
flexibilidade para gestão destes ativos no futuro.
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