Quem permite isso (queimadas),
constrói isso (enchentes)
Uma
urbe se estabelece sobre um sitio ambiental, o espaço antes ocupado por bichos,
arvores, lagos e outros, agora abriga um agrupamento humano que vai destruir
tudo, reconstruindo lares e seus aparelhamentos. Humanos reconstroem esse
ambiente em novo ambiente, adaptando-o para si exclusivamente.
Tal
touro em loja de porcelanas ocupam e ignoram a preexistência de outrens, é
assim desde que a “civilização” se estabeleceu.
Parauapebas
é um perfeito retrato da tragédia ambiental que destrói tudo, que ignora
direitos levados unicamente pela Lei do Gerson, de levar vantagem em tudo.
Quem
produz as queimadas são os mesmos que permitem as enchentes, há um padrão, um
elo comum nas duas pontas: o total desprezo pelo meio ambiente, pela
preservação da vida.
Ganham
com isso ao permitirem que as mesmas tragédias ocorram a intervalos seguros de
tempo. Os socorristas, os assistentes e apoiadores são os deles, que ganham prestando serviços nas tragédias, se apresentam
para levar vantagem.
Os gastos emergenciais dispensam licitação, justificam meios
e fins.
O
essencial, o bom planejamento, o respeito das regras naturais e legais aqui
foram e continuam sendo ignoradas por todos que realmente podem decidir pelo
futuro de Parauapebas.
E
o PROSAP não vai resolver isso, vai agravar. Não temos as capacidades de gestão
de obras, de conclusão e aferição de qualidade para terminar nos prazos
necessários.
Não
conseguimos gerir os alagamentos históricos, quanto mais uma obra para
conte-los. Na verdade mais estudos são necessários, a condução deveria ser
entregue a empresas “de verdade”, desde o planejamento a execução, fiscalização
e entrega.
A
própria iniciativa de tapar buracos em pleno inverno demonstra essa
incapacidade de gerenciamento.
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