quinta-feira, 5 de março de 2020

Planejar, antecipar, gerenciar e evitar tragédias






Quem permite isso (queimadas), constrói isso (enchentes)



Uma urbe se estabelece sobre um sitio ambiental, o espaço antes ocupado por bichos, arvores, lagos e outros, agora abriga um agrupamento humano que vai destruir tudo, reconstruindo lares e seus aparelhamentos. Humanos reconstroem esse ambiente em novo ambiente, adaptando-o para si exclusivamente.

Tal touro em loja de porcelanas ocupam e ignoram a preexistência de outrens, é assim desde que a “civilização” se estabeleceu.

Parauapebas é um perfeito retrato da tragédia ambiental que destrói tudo, que ignora direitos levados unicamente pela Lei do Gerson, de levar vantagem em tudo.

Quem produz as queimadas são os mesmos que permitem as enchentes, há um padrão, um elo comum nas duas pontas: o total desprezo pelo meio ambiente, pela preservação da vida.

Ganham com isso ao permitirem que as mesmas tragédias ocorram a intervalos seguros de tempo. Os socorristas, os assistentes e apoiadores são os deles, que ganham prestando serviços nas tragédias, se apresentam para levar vantagem. 

Os gastos emergenciais dispensam licitação, justificam meios e fins.

O essencial, o bom planejamento, o respeito das regras naturais e legais aqui foram e continuam sendo ignoradas por todos que realmente podem decidir pelo futuro de Parauapebas.

E o PROSAP não vai resolver isso, vai agravar. Não temos as capacidades de gestão de obras, de conclusão e aferição de qualidade para terminar nos prazos necessários.

Não conseguimos gerir os alagamentos históricos, quanto mais uma obra para conte-los. Na verdade mais estudos são necessários, a condução deveria ser entregue a empresas “de verdade”, desde o planejamento a execução, fiscalização e entrega.

A própria iniciativa de tapar buracos em pleno inverno demonstra essa incapacidade de gerenciamento.  

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