A Justiça do Trabalho da 20ª Região condenou a Empresa Vale S/A a
pagamento de indenização no valor de R$ 500 mil por danos morais coletivos e
condições inadequadas para o labor. O processo teve início em 2011, quando o
Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT/SE), ajuizou ação civil pública
denunciando irregularidades na empresa.
Além da indenização, a Vale deve adotar novas medidas para segurança do
trabalhador tais como: adquirir e implementar o uso de equipamento que detecte,
com precisão, a presença de bolsões de gás no interior das rochas que são
exploradas na Unidade Operacional Taquari-Vassouras, promover a automação
das máquinas utilizadas aumentando assim a distância de operação do controle
remoto da mesma para 150 metros, no mínimo, e promover a instalação de
vidros blindados, comprovadamente capazes de proteger o trabalhador nos Shutlle
Cars.
Em caso de atraso, a empresa deverá pagar multa no valor de R$ 500,00
por dia, por cada trabalhador e a cada obrigação em discordância. Serão computados
ainda juros de 1% sob a sentença, conforme previsto no artigos 883, da
CLT, e 39 da Lei 8.177/91.O valor será revertido ao FAT (Fundo de Amparo ao
Trabalhador) .
Histórico
Em 2004 o Ministério Público do Trabalho iniciou o Procedimento
Preparatório de Inquérito Civil contra a Vale após acidente fatal que resultou
no óbito de um operador na mina da Unidade Taquari Vassouras, em Rosário do
Catete-SE. Esse procedimento teve como objetivo averiguar as condições de
segurança do local e buscar indicações de solução para os problemas que fossem
encontrados.
Durante o procedimento foram detectados problemas em relação ao
minerador marietta que quando operado a curta distância expõe os operários a
situação de vulnerabilidade aos estilhaços e fragmentos de rocha projetados em
eventual explosão, além de não permitir a mobilidade necessária para evacuação,
inviabilizando o alcance para uma rota de fuga ou acesso até as células de
sobrevivência existentes dentro da mina subterrânea na ocorrência de algum
desastre.
À época foram constatadas ainda irregularidades com os EPIS
(Equipamentos de Proteção Individual) e o maquinário utilizado pelo operário
durante suas atividades laborais já que, apesar de adequados, os equipamentos
apresentaram índice insatisfatório na proteção dos trabalhadores expondo-os a
condições perigosas, em local confinado.
A equipe do Portal Infonet entrou em contato por
telefone com a assessoria de comunicação da Vale que orientou a encaminhar
e-mail com os questionamentos. O e-mail foi encaminhado na tarde da última
quarta-feira,16, mas até a manhã desta quinta-feira,17, a resposta não foi
enviada. O Portal permanece a disposição por meio do (079)
21068000 ou jornalismo@infonet.com.br.
Fonte: Ascom MPT/SE -
Estamos tentando falar com a VALE há 30 dias e nao conseguimos também, aqui no Pará. Veloso, o funcionário encarregado de Relações com a Comunidade esta alegando nao ter tempo. Tentamos via Portal da Vale, no FALE CONOSCO, também sem resposta.
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