sábado, 27 de junho de 2015

Serão mais 90 milhões de toneladas métricas no mercado global do minério de ferro

CRONOGRAMA DO S11D MANTIDO
Empresa  faz  a opção de manter o projeto, mesmo com a oferta excessiva de minério.  






A desvalorização cambial e a queda nos preços do minério de ferro causaram prejuízo de R$ 9,5 bilhões para a Vale no primeiro trimestre, mas este resultado não vai alterar os planos de investimento e o cronograma do mais ambicioso projeto no segmento de ferro em sua história, o Ferro Carajás S11D, no Pará, segundo a companhia. O investimento total - que envolve minas, usinas e logística - está orçado entre US$ 16 bilhões e US$ 17 bilhões e a previsão é que, a partir do segundo semestre de 2016, a empresa inicie a produção anual de 90 milhões de toneladas de ferro em Canaã dos Carajás.


  "O projeto representa a continuidade do crescimento da Vale na mineração. Com elevado teor de ferro, baixa concentração de impurezas, o minério de S11D vai ajudar a reduzir os custos de produção da empresa. O S11D também é um marco na efetivação do desenvolvimento econômico do sudeste do Pará", afirma o diretor de projetos de Ferrosos Norte, Jamil Sebe.  A empresa vem anunciando redução de investimentos em várias frentes por conta da crise nos preços do minério e chegou a fazer uma revisão relacionada às obras do S11D - que, quando foram iniciadas, em 2013, estavam orçadas em US$ 19,7 bilhões. Segundo a Vale, a redução ocorreu por causa da depreciação do real e de medidas voltadas para a otimização do projeto. No primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou também a maior produção de minério de ferro de sua história para o período, de 74,5 milhões de toneladas, um aumento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2014. Neste desempenho, Carajás é um dos principais destaques, com volume de produção também recorde para o trimestre, de 27,5milhões de toneladas.  O Complexo Minerador de Carajás, em Parauapebas, onde operam hoje cinco minas, está completando 30 anos e é o maior produtor mundial de minério de ferro. Além do S11D, a Vale conta com a ampliação da cava N4WS, na Serra Norte de Carajás, e a mina de Serra Leste, em Curionópolis, que entrou em fase de testes no ano passado, além do impacto dos investimentos em logística, para atingir a meta de produção global de 450 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.  

 De acordo com esse planejamento, quando o S11D operar plenamente, a produção da Vale no Pará subirá para 230 milhões de toneladas anuais.

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