CRONOGRAMA DO S11D MANTIDO
Empresa faz a
opção de manter o projeto, mesmo com a oferta excessiva de minério.
A
desvalorização cambial e a queda nos preços do minério de ferro causaram
prejuízo de R$ 9,5 bilhões para a Vale no primeiro trimestre, mas este
resultado não vai alterar os planos de investimento e o cronograma do mais
ambicioso projeto no segmento de ferro em sua história, o Ferro Carajás S11D,
no Pará, segundo a companhia. O investimento total - que envolve minas, usinas
e logística - está orçado entre US$ 16 bilhões e US$ 17 bilhões e a previsão é
que, a partir do segundo semestre de 2016, a empresa inicie a produção anual de
90 milhões de toneladas de ferro em Canaã dos Carajás.
"O projeto representa a continuidade do crescimento da
Vale na mineração. Com elevado teor de ferro, baixa concentração de impurezas,
o minério de S11D vai ajudar a reduzir os custos de produção da empresa. O S11D
também é um marco na efetivação do desenvolvimento econômico do sudeste do
Pará", afirma o diretor de projetos de Ferrosos Norte, Jamil Sebe. A
empresa vem anunciando redução de investimentos em várias frentes por conta da
crise nos preços do minério e chegou a fazer uma revisão relacionada às obras
do S11D - que, quando foram iniciadas, em 2013, estavam orçadas em US$ 19,7
bilhões. Segundo a Vale, a redução ocorreu por causa da depreciação do real e
de medidas voltadas para a otimização do projeto. No primeiro trimestre
deste ano, a companhia registrou também a maior produção de minério de ferro de
sua história para o período, de 74,5 milhões de toneladas, um aumento de 4,9%
em relação ao mesmo período de 2014. Neste desempenho, Carajás é um dos
principais destaques, com volume de produção também recorde para o trimestre, de
27,5milhões de toneladas. O Complexo Minerador de Carajás, em
Parauapebas, onde operam hoje cinco minas, está completando 30 anos e é o maior
produtor mundial de minério de ferro. Além do S11D, a Vale conta com a
ampliação da cava N4WS, na Serra Norte de Carajás, e a mina de Serra Leste, em
Curionópolis, que entrou em fase de testes no ano passado, além do impacto dos
investimentos em logística, para atingir a meta de produção global de 450
milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
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