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Marcelo Villela, novembro 30th, 2016, 0:02
Foto: Verena Glass |
A Vale apresentou
nesta terça-feira, 29, na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse) suas projeções
de investimento para os próximos anos, com estimativa de
queda. A expectativa é que em 2017 os gastos (capex) da mineradora fiquem em
US$ 4,5 bilhões, abaixo dos US$ 5,6 bilhões estimados para 2016. Para 2018, o
investimento deve ficar no mesmo patamar do esperado para o ano que vem, caindo
para US$ 4 bilhões em 2019.
Os números foram apresentados
pelo diretor executivo financeiro da Vale, Luciano Siani, que destacou que a
companhia deve ter patamar de investimento menor nos próximos anos quando
comparado com outras mineradoras do mundo. Em 2021, a estimativa da empresa é
de capex de US$ 2,9 bilhões.
Siani afirmou que os
investimentos da Vale nos próximos anos serão em sua maioria em manutenção e
reposição de capacidade. Também na apresentação, o presidente da companhia,
Murilo Ferreira, disse que desde 2012 até 2016 os gastos com investimento da
mineradora caíram 65%. Em 2012, o montante bateu em US$ 16,2 bilhões. A
implementação bem-sucedida de projetos aliada a disciplina na alocação de
capital, permitiu a redução dos investimentos, ressaltou o executivo.
“O mercado acionário foi muito
duro com a Vale”, disse Siani, destacando que a companhia está caminhando em
direção a menor alavancagem, geração de caixa e maior eficiência. Para 2017, o
executivo destacou que o mercado espera que a empresa tenha fluxo de caixa
positivo. A projeção da empresa é que o fluxo de caixa livre acumulado pode
atingir mais de US$ 19 bilhões em 2021.
Sobre o endividamento, Siani
ressaltou que, com base nas estimativas de agora, a Vale tem US$ 12,4 bilhões
de dívida para amortizar entre 2017 e 2020 e está em uma situação confortável.
A empresa tem US$ 5 bilhões com os bancos em linhas de crédito rotativo, de acordo
com a apresentação mostrada no evento. Caso o preço do minério de ferro fique
na casa dos US$ 50 a tonelada, Siani destacou que a distribuição de dividendos
pode atingir níveis mais altos e a dívida se reduzirá. Caso o preço suba para
US$ 60, a distribuição dos dividendos certamente será maior e a dívida se
reduzirá “rapidamente”.
Carvão
O Ebitda (lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização) dos negócios de carvão da Vale deve ficar
positivo em 2017, disse o diretor para a área da companhia, Roger Downey,
durante apresentação para investidores da empresa em Nova York nesta terça-feira,
29. A projeção é que o Ebitda ajustado fique negativo este ano em um intervalo
entre US$ 175 milhões e US$ 200 milhões.
Em 2017, a previsão é que o
indicador esteja positivo entre US$ 250 milhões e US$ 600 milhões. O Ebitda
ajustado da operação de carvão se aproximou do ponto de equilíbrio no terceiro
trimestre, mas ainda está negativo em US$ 161 milhões no acumulado do ano.
Fonte: Exame
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