Maior projeto da história da Vale inicia fase de
testes
Reprodução/Facebook/Prefeitura
de Canaã dos Carajás (PA)
Canaã dos Carajás (PA): maior projeto da mineradora
Vale iniciou fase de testes na cidade, e deve entrar em operação ainda este ano
Da REUTERS
Rio de Janeiro - A Vale
deu início à fase de testes do bilionário projeto S11D, em Canaã dos Carajás (PA),
com o acionamento de uma correia transportadora de 9,5 km que levará o minério
de ferro à usina de beneficiamento, equipamento considerado a
"espinha dorsal" do maior empreendimento da história da mineradora.
O S11D tem previsão para entrar
em operação na segunda metade do ano, acrescentando capacidade de produção
anual de 90 milhões de toneladas de minério de ferro, 26 por cento da produção
atual da empresa.
O ritmo da extração, no entanto,
será administrado de acordo com as condições do mercado internacional.
O primeiro teste em um
equipamento de grande porte do projeto teve início no fim de janeiro, quando
foi ligado o chamado Transportador de Correia de Longa Distância (TCLD), que
será responsável por levar o minério da Floresta Nacional de Carajás, onde está
à mina, para a planta de beneficiamento.
"Ele (o TCLD) já está sendo
alimentado por energia elétrica de fato, os motores já estão acionados e a
gente costuma dizer que o equipamento já está vivo... São testes padrões de
obra e até agora está indo tudo muito bem", disse à Reuters o diretor de
implantação de ferrosos norte da Vale, Jamil Sebe.
A usina de beneficiamento foi
construída fora da floresta, para minimizar os impactos ambientais, e a
construção do TCLD contribuiu substituindo os cerca de 100 caminhões de grande
porte que seriam necessários para transportar a produção.
Com ele, a empresa reduz em 70
por cento o consumo de diesel do projeto e diminui em 50 por cento as emissões
de gases. "Esse equipamento é um elo, é a espinha dorsal do projeto no
contexto de transporte de minério para ser beneficiado", frisou.
Outras máquinas e equipamentos
também já estão em teste nos pátios da usina de beneficiamento, que irá separar
o minério de ferro a seco, evitando a necessidade de captação de água no local
e a construção de uma barragem de rejeitos.
A tecnologia de separação,
adotada a partir da construção de uma peneira específica para o projeto, foi
possível graças a alta qualidade do minério do S11D.
Juntas, segundo Sebe, a mina e a
usina do S11D já têm 80 por cento das obras concluídas.
Sebe explicou que a Vale planeja
encerrar, no primeiro semestre, os testes dos equipamentos sem carga para que
no segundo semestre possam ser feitos os testes com carga, seguidos pelo início
da operação, já com a capacidade completa.
Entretanto, o ritmo da produção
do minério de ferro vai depender do comportamento do mercado, que sofre
pressionado com a elevada oferta da commodity, o que tem derrubado os preços.
"O projeto vai estar
capacitado para 90 milhões (de toneladas) sim, implantado e 'startado', mas ela
(a Vale) quer administrar essa curva de ramp up de acordo com o mercado",
afirmou Sebe, evitando dar detalhes sobre os planos.
Após o beneficiamento, para que a
commodity chegue aos clientes, em grande parte siderúrgicas chinesas, o minério
de ferro do S11D será transportado por ferrovia até o Terminal Marítimo de
Ponta da Madeira (TMPM), em São Luís.
As obras de um ramal ferroviário
de 101 km, que irá conectar a usina à Estrada de Ferro Carajás (ECF), devem ser
concluídas até agosto.
Com a conclusão do S11D, que soma
investimentos de 14,4 bilhões de dólares, o custo operacional do Sistema Norte
da Vale ficará abaixo dos atuais 10 dólares por tonelada métrica seca(dmt),
segundo dados publicados pela mineradora brasileira. O custo operacional
considera o minério entregue no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira.
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