terça-feira, 8 de janeiro de 2013

SEGURANÇA DE PESSOAS EM ÁREA DE RISCO ELEVADO – MINAS DE SELVA.



IMAGINE TRABALHAR NUM AMBIENTE QUENTE, COM CHUVAS RECORRENTES, MUITA POEIRA, TRANSITO DE MAQUINAS ENORMES, INSTABILIDADE EMOCIONAL DE COMPANHEIROS, CANSAÇO, EXPLOSÕES E MUDANÇA DE CENÁRIOS PELA MOVIMENTAÇÃO CONSTANTE DE MATERIAIS E TERRENOS. AINDA, UMA FLORESTA DENSA EM TORNO, COM ARVORES GIGANTESCAS, OCAS AS VEZES  E BICHOS SELVAGENS. EIS O CENÁRIO DA MINA DE FERRO DE CARAJÁS.


Os peões que morreram quando uma arvore milenar desabou sobre a van que os transportavam para a mina, não foram vitimados imediatamente pelo impacto que sofreram. Morreram aos poucos, por total omissão de socorro devido a falta de contingenciamento e planejamento de resgate em acidentes passivos – quando a natureza reage e agride o homem invasor.


Admiramos os esforços da VALE em preservar a vida de todos que trabalham em seus canteiros. Mesmo porque é totalmente inadmissível que pessoas morram indo ou voltando ou durante seu horário de trabalho. Somos terminantemente contra as tais horas intinere para sermos totalmente a favor dos esforços e ainda e mais esforços no sentido de salvar vidas. O desastre do ônibus foi um grave sinal de alerta: não se tem todos os meios para garantir a sociedade que seus entes estão protegidos. Quando a onça matou o garoto em pleno núcleo urbano foi a mesma situação. Todos tentaram compreender como aquilo acontecera. Acontece porque é acidente, porque tem  humanos onde não deveriam estar, porque nem todas as situações foram previstas e antecipadas, porque não se acreditou ou pensou que tal pudesse acontecer. E não tem jeito, o que não pode acontecer, acontece. É mil vezes melhor prevenir que remediar.  E não falamos de custos, mas de investimento: existe bem maior do que a vida humana?

Educação e treinamento são bordões musicais. Uma população analfabeta, com baixa estima, não agrega valor, não busca uma vida melhor. Pagar bons salários, oferecer condições decentes de vida a seus dependentes, respeitar o próximo, valorizar a pessoa humana e colocar sob treinamento profissional e de segurança é o mínimo pedido. 

RAC E CENARIO DE SEGURANÇA
Um tento e um alento a instituição das REC no contexto da VALE, principalmente na mina. O tempo investido dos postulantes, são na verdade, garantia de vida. Mais ainda, garantia de retorno social à retirada do minério e da floresta. Podemos perder menos  homens, menos vidas, já que não podemos controlar 100% do ambiente selvagem e das ações caóticas dos homens.

Em diversas situações, nos últimos vinte anos, temos deparado com perdas de vidas na mina. Podemos citar dezenas, talvez centenas de casos em que jovens, homens, pais de família, filhos  perderam a vida trabalhando. Quedas de postes, choques elétricos, esmagamento de veículos, explosões de motores, soterramentos, batidas de veículos, até mesmo desentendimentos que viraram fatalidades.  
A medida que melhora a atenção de segurança e sua conscientização a quem esta chegando, melhora-se os índices de sobrevivência dos mesmos.
Como, num ambiente tão propicio a acidentes, a rede hospitalar no em torno, não estar preparada para prestar socorro as possíveis vitimas – inclusive aquelas vitimas que precisarem de hemodiálise ou de transfusão de sangue?  Por incrível que possa parecer, no entorno das minas da VALE no sul/sudeste do Pará, nenhum hospital particular tem maquinas de hemodiálise. Apenas quatro hospitais públicos que estão fora. Por ordem do SUS, recebem apenas pacientes que entram numa espécie de fila de morte: precisam esperar uma vaga, a saída de quem chegou primeiro. Já perdemos muitas vidas preciosas assim, de amigos, entes queridos que não tinham o tempo de espera e morreram. Não se fala apenas de segurança ou prevenção. Quando acontecido a fatalidade, temos que falar em condições de socorro, de sobrevivência e ai falhamos. Assim como falhamos no acidente do ônibus na queda da árvore.

Todo o treinamento tem como objetivo a educação e reeducação. Um alerta e um novo conhecimento para a sobrevivência. As condições técnicas, operacionais e humanas para que estes objetivos sejam alcançados e mantidos.

CUSTOS DE MOBILIZAÇÃO, CUSTOS DE SEGURANÇA 
Os custos de mobilização, acrescido do fator tempo, é a raiz de todos os males que uma empreiteira vai passar aqui. Ganha-se a licitação. A composição dos preços tem que levar em conta a logística necessária. Se esta no sul, faça com valores do norte. Contrate nossos serviços para orientar na formação da sua estratégia de segurança.  Existe um padrão composto por crenças da VALE e que deve ser seguido. Mas nada impede que sua empresa tenhas suas crenças e possa melhorar. Não adianta ganhar com o menor preço e não entregar ou perder dinheiro no processo. O tempo da mobilização até a ordem de serviços é, em media, de noventa dias. Conhecemos caso de empresas que perderam cento e vinte, cento e oitenta dias até. Não se pode subestimar as condições locais. Falta de tudo: os alugueis são altíssimos, o transporte caótico e absurdo, as regras de acesso a mina são duras, os exames pré-admissionais são múltiplos e repetitivos. A documentação da empresa, nos relatórios de segurança PPRA, PCMAT, PCMSO e demais, é exigência zero. Os custos de treinamento das RACs, as horas intinere, a fabricação dos uniformes, a adaptação dos veículos, os custos de montar escritório, contratar pessoas de confiança, analisar currículos, aplicar testes operacionais, monitorar documentação, contratar a supervisão técnica necessária, estabelecer os vínculos profissionais e sociais são consideráveis.  Na verdade todos estes procedimentos e seu cronograma,  são pilares da segurança dentro da mina. Precisamos entender de uma vez por todas que os passos de relacionamento com a VALE são de segurança.

Outro quesito imprescindível na relação de seguranças em minas da  VALE, especialmente no sul/sudeste do Para, são pessoas, 

GENTE NO CENTRO DO PROCESSO
O que temos observado é um erro recorrente de gestão, quando da escolha do pessoal que vai liderar a implantação da empresa na região. Já deparamos com gerentes que apostavam que iriam mudar a cidade com sua forma de administrar um contrato. Sua empresa, uma grande construtora de Belo Horizonte, saiu daqui em litígio com a  VALE e com sérios problemas de imagem com a população em geral. As empresas precisam compreender que treinamento de segurança não é  só papel. É troca de conhecimento vital para a sobrevivência das pessoas.

CUSTOS. CUSTOS, CUSTOS
Quando falamos em custos, estamos conscientes que décadas de correção monetária e os famigerados indexadores, nos desnorteou quanto a raiz dos custos de operação e os custeios. É preciso aplicar aos contratos VALE em Carajás e Região, os princípios econômicos e contábeis de CUSTOS operacionais correntes, pré-operacionais, imobilizações patrimoniais, aplicação de recursos e resultado por centro de custo. É preciso operar com grande capacidade bancaria, preferivelmente com linhas de baixo custo e longo prazo e ter o conselho de administração informado sobre as operações. Nestes vinte anos acompanhamos as perdas financeiras  e sociais que centenas de grandes empresas tiveram nesta cidade. Empresas bem administradas e sucesso na Bovespa, mas que perderam rios de dinheiro e prestigio ao investir na prestação de serviços nas minas de Carajás e região. Fomos consultores no caso BIOAGRO, terceirizada da gigante OAS. Ambas amargaram prejuízos localmente, em operações de supressão  vegetal no projeto Salobo. Faltou gestão, a ponto da OAS adiantar recursos sobre serviços que nunca seriam realizados, por total incapacidade gerencial e operativa da BIOAGRO. Para ilustrar, a OAS solicitou a mobilização de 200 equipamentos de terraplenagem e a contratação de outra centena de operadores que nunca saiu do papel.  Montada a estrutura, a contratada ficou esperando  pela ordem de serviço por noventa dias. Nunca veio, e a BIOAGRO perdeu todo o recurso mobilizado. Responde até hoje a centenas de ações trabalhistas do período, ainda de 2008/2009. Pagou caro, com este episodio contribuindo enormente para sua concordata e conseqüente liquidação de ativos.

CONTRATO DE SERVIÇOS VALE
É difícil entender uma empresa do porte da VALE e com o tremendo papel social obrigado, ter um contrato de serviços tão ruim e particular. Quem le, não assina. As empreiteiras que se propõem vir ao Pará, precisam entender melhor este contrato, não para contradizer a VALE, senão não ganharão as obras, mas para se prevenir, contabilizar os provisionamentos e preparar para as contra-ordens de parada, afiar a capacidade de negociação e estarem prontas para saírem o quanto antes do prejuízo final. Não se contesta a VALE, rompe-se. Negociadores de alto nível têm que ficar mobilizados para não deixarem passar do ponto de ruptura. Conhecemos casos de perdas de  10, 23, 70 milhões, por hesitar em se rescindir  contratos. É dinheiro sem retorno. Some-se a estas perdas o tempo e a possibilidade de desenvolvimento em outras frentes, neste momento que o país é um canteiro de obras e as oportunidades não faltam. Acreditamos que a solução para destravar este quesito seria a formação da ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DA VALE, entidade de negociação e representativa de todas as empreiteiras. As negociações seriam conduzidas por este grupo, em todos os níveis. Seria como um sindicato, inclusive apontado para políticas sociais compartilhadas. Hoje temos a pressão dos trabalhadores, sem sindicatos, por melhores condições de trabalho. São novos custos que a empreiteiras assumirão sozinhas, haja visto a indisponibilidade da VALE em revisar contratos.

PRODUTIVIDADE
O maior agravante para a prestação de serviços na região norte é a produtividade local. Uma mão de obra acomodada, amplamente respaldada pelos escritórios trabalhistas, que transformam dias em meses, meses em anos e anos de serviço. A pratica da mina é fazer menos com mais. E não há mao de obra disponível, é preciso considerar, cada vez mais, trazer seus profissionais de sua sede. Apesar dos salários serem comprimidos na região, a baixa produtividade deixa as empresas em situação difícil para entregar seus contratos. É preciso considerar esta produtividade nas cotações e orçamentos apresentados a VALE. A própria rotatividade da mao de obra local gera custos que precisam ser provisionados. 

VICIOS 
Outro problema que afeta as empresas é a forma como se da as contratações. Pelas indicações pessoais, nunca se contrata os melhores e nem da tempo para as testagens e entrevistas. O próprio SINE local tem seu esquema de contratação, que até esta data é dominado por políticos locais. Mas, não há problemas com sindicatos. Eles são patronais, fazem acordos e não agitam as massas.

MOVIMENTAÇÃO SOCIAL
Neste momento estamos assistindo uma secção das massas em relação aos seus sindicatos. Os trabalhadores estão sistematicamente parando  a portaria da VALE em Parauapebas, reivindicando aumentos salariais e vantagens. Nos últimos meses, toda segunda feira tem greve na portaria. Cada semana uma empreiteira se quiser continuar seus contratos, tem que renegociar caso a caso, o acordo coletivo fechado anualmente com os sindicatos. Novos custos que não poderão repassar a VALE.




TERCEIRIZAR A GESTAO DA MOBILIZAÇÃO
Uma solução para melhor gerenciar seus custos locais, é terceirizar sua mobilização, ou contratar uma supervisão e orientação locais a esta mobilização. Temos toda a experiência da EXCLUSIVA CONSULTORIA, com mais de  20 anos atuando no mercado local. Fomos por dezesseis anos, consultoria exclusiva da  INTEGRAL CONSTRUÇÕES E COMERCIO, a única empresa local que se certificou com a ISO e sobreviveu até os dias atuais. Todas as outras ficaram pelo caminho e de cada cinco empreiteiras, quatro perderam dinheiro aqui. Venha para Carajás, venham para o sul do Pará, onde estão as oportunidades. Mas não subestimem as condições especificas locais. Contrate nossos serviços.


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